Game of Thrones 6x04 | Book of the Stranger


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Mais uma semana de Game of Thrones, mais uma semana de grandes emoções. Este 6x04, aliás, foi o primeiro digno de nota 10 nessa temporada, na minha opinião. E isso quer dizer muita coisa, se levarmos em conta que o nível da série é sempre altíssimo. Mas vamos de review.

Jon
Você sabe que está demasiadamente envolvido com um seriado quando com menos de 5 minutos de episódio você já está com os olhos cheios de lágrimas. Quando Sansa adentrou os portões de Castelo Negro eu vibrava aqui em casa. Esperei (como muitos) por 6 anos o momento em que alguns dos Starks se reuniriam novamente e isso finalmente aconteceu. Ver Jon e Sansa se observando de longe para logo depois darem um longo abraço foi emoção demais para este que vos fala, ainda mais com a fantástico tema dos Stark tocando ao fundo de forma triunfal. Os dois conversando à lareira, relembrando momentos em Winterfell, foi tudo muito bacana de ver, mas sabemos que em GoT felicidade dura pouco, e logo eles recebem a carta repugnante de Ramsay. Nesse ponto é interessante percebermos que Jon quer fugir da ação, ao passo que Sansa quer retomar Winterfell, e ver a garota tomando esse tipo de postura é gratificante, pois parece que finalmente veremos as atitudes que tanto esperamos da personagem. Chamá-la de "Sonsa" depois desse episódio é ignorância. E eles certamente rumarão a Winterfell para resgatar Rickon.

Ainda na muralha, vale destacar o diálogo de Davos e Melisandre, falando sobre o que houve com Stannis e Shireen. A sacerdotisa vermelha, por motivos óbvios, novamente exita em entrar em detalhes, mas Brienne chega para falar que o executou e que não perdoará aqueles que fizeram mal a Renly tanto tempo atrás. E por falar em Brienne, como ignorar os olhares interessados de Tormund? Tem muita gente já shippando o casal internet à fora, algo que seria no mínimo curioso.

Já em Winterfell, Ramsay matou Osha, o que deve ter deixado alguns fãs de Harry Potter bem irritados. É uma pena, tratava-se de uma personagem com potencial, porém fica evidente que os produtores estão dando uma limpa no elenco para que o foco seja voltado apenas a quem realmente interessa daqui pra frente.


Theon
A chegada de Theon nas Ilhas de Ferro foi um ponto importante da trama, especialmente por percebermos (ao menos a principio) que ele apoiará a "candidatura" da irmã ao posto que antes era de seu pai. É evidente que o rapaz perdeu seu prestígio após ser humilhado pelos Bolton, mas ele ainda é um Greyjoy, e certamente terá grande influência nos eventos que se seguirão por ali. Ainda me pergunto de que forma esse núcleo se juntará aos demais conflitos que correm por Westeros, mas aguardo esse desfecho com boas expectativas.

Cersei
Em Porto Real tivemos mais uma dose das manipulações do Alto Pardal, que dessa vez tentou colocar os irmãos Tyrell um contra o outro em mais um grande momento de Jonathan Pryce, que teve a oportunidade de brilhar com seu monólogo. Mal sabe ele que Cersei e Jaime estão mais perto de conquistar sua vingança ao conseguir convencer o conselho real de que eles devem fazer uma investida contra o fanático religioso. E nesse ponto foi interessante perceber como Cersei soube utilizar bem os nomes de Margaery Tyrell e Lancel Lannister para conseguir o que queria. Isso, claro, graças a ajuda de Tommen, que serviu de informante para a mãe. Os Lannisters querem rugir novamente.

Tyrion
Se nos episódios passados vimos Tyrion com excesso de vinho e piadinhas, dessa vez foi diferente. O Meio-Homem finalmente começou a tomar ações no governo de Meereen, algo que me remeteu diretamente ao tempo em que era Mão do Rei em Porto Real. Suas decisões, ainda que polêmicas aos olhos dos comandados por Daenerys, são inteligentes e prometem resultados. Também gostei de ver a interação de Verme Cinzento e Missandei, que pela primeira vez me pareceram incluídos na trama de forma coerente. Ação de verdade, no entanto, aconteceu perto dali.


Daenerys
É curioso como um grande desfecho pode transformar uma subtrama aparentemente desnecessária em algo relevante e icônico. Essa foi minha impressão da trajetória de Daenerys nesses 4 primeiros episódios. Começando por Daario e Jorah numa evidente rivalidade pela atenção de Khaleesi, vimos o primeiro descobrir o segredo do segundo, já que o escamagris tem aumentado cada vez mais no braço de Mormont. Gostei da forma inteligente que eles adentraram a Cidade Sagrada, bem diferente da forma atabalhoada com que Jaime e Bronn invadiram Dorne, por exemplo. E que bom que Daario guardou seu punhal da sorte com, do contrário falaríamos do "friendzone" no passado.

Mas o que explodiu a cabeça de muita gente foi o plano de Daenerys, que ateou fogo em todos os Khals, saindo como uma rainha do templo em chamas. A título de Não Queimada voltou a fazer sentido, algo que não víamos desde a 1ª temporada e não sabíamos ao certo se funcionaria novamente. A cena em si foi muito bem feita, com a atuação segura de sempre de Emilia Clarke. Vale lembrar que atriz havia declarado a 2 temporadas atrás que não protagonizaria mais cenas de nudez na série, julgando que muitas delas soavam desnecessárias e não faziam jus a trama. Imagino que ela tenha aberto uma exceção nesse caso, uma vez que a nudez da personagem ali faz todo sentido, fazendo inclusive uma rima visual com o season finale da primeira temporada.

Eu que não estava empolgado com o destino da Mãe dos Dragões, confesso que voltei a me interessar, e agora espero que sua trama caminhe a passos largos em direção a Westeros. E vocês, o que acharam? Até semana que vem!

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